Cervejaria Backer é interditada pelo Governo Federal após contaminação



O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento determinou ontem o fechamento da Cervejaria Backer, fabricante da cerveja Belorizontina. Uma substância presente em lotes da bebida é suspeita de ter relação com a morte de uma pessoa e de outros internados com sintomas que incluem insuficiência renal, alterações neurológicas, vômitos e náuseas.
No mesmo dia, supermercados de BH retiraram o produto de suas gôndolas. Ao menos 10 pessoas teriam sido intoxicadas pela bebida contaminada – três novos casos surgiram ontem. O ministério determinou também ações de fiscalização para a apreensão dos produtos que ainda se encontram no mercado, como medida cautelar. No total, 16 mil litros de cerveja foram apreendidos pela pasta.
Segundo a Polícia Civil, a substância dietilenoglicol foi encontrada em amostras da Belorizontina, nos lotes L1- 1348 e L2-1348. A substância química é usada para evitar que líquidos congelem e impedir que evaporem. A Backer divulgou duas notas, ontem, reiterando que a substância dietilenoglicol não faz parte de nenhuma etapa do processo de fabricação de seus produtos. A diretora de marketing da cervejaria, Paula Lebbos, anunciou que serão paralisadas as atividades da empresa hoje para análise de operação e processos.
Afirmou ainda que irá recolher, caso seja de interesse do consumidor, outros lotes da cerveja, mesmo que não sejam os lotes L1-1348 e L2-1348, a partir de segunda-feira (13). Nesse caso, o cliente, de porte do cupom fiscal da compra, deve procurar o estabelecimento comercial onde adquiriu o produto e fazer a devolução. Ele será ressarcido no momento da devolução.
No início da manhã de ontem já não havia o rótulo nas gôndolas, inclusive de lotes diferentes dos apontados pela perícia da Polícia Civil. Depois da interdição, muitos estabelecimentos decidiram retirar todas as garrafas da cervejaria Backer das prateleiras, também de outros rótulos.
Alguns deles exibiam placas de promoção para outros rótulos da cervejaria – a administração do estabelecimento, porém, alegou que o desconto não tinha relação com o episódio de contaminação.
O Supermercados BH, que vende cerca de 12 mil garrafas da cerveja por mês, decidiu ontem à noite retirar também os outros rótulos da marca das gôndolas de todas as unidades da rede. O Carrefour, que tem 17 lojas de bairros e cinco hipermercados no estado, retirou a marca Backer das prateleiras desde o início da manhã de ontem.
O Super Nosso vende 10 mil caixas de 12 garrafas da cerveja por mês e suspendeu as vendas da Belorizontina de todas as unidades do grupo, incluindo o Super Nosso em Casa, Apoio e Apoio Entrega (comércio eletrônico).


Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem

Disqus Shortname