Bloomberg pede perdão por política anticrime que prejudicou minoria


bilionário americano Michael Bloomberg voltou atrás neste domingo (17) no apoio dado à controversa política policial de "deter e revistar", que se concentrou de forma desproporcional - segundo admitiu - nos nova-iorquinos negros e latinos.
"Estava errado e lamento", disse o ex-prefeito da capital financeira dos Estados Unidos em uma igreja de maioria negra no Brooklyn, reforçando a ideia de que se prepara para lançar formalmente sua pré-candidatura à Casa Branca.
Bloomberg, de 77 anos, defendeu por muito tempo o recurso da polícia a técnicas mais agressivas no âmbito de um programa de combate à criminalidade.
Ele continuou apoiando este programa, que está sendo gradativamente eliminado, inclusive depois de um juiz federal afirmar em 2013 que o mesmo violava os direitos das minorias, protegidos pela Constituição.
O discurso do empresário da mídia no Centro Cultural Cristão, em um bairro carente do Brooklyn, parecia ser um reconhecimento tácito do apoio de que vai precisar das minorias para vencer a corrida pela indicação democrata às eleições presidenciais de 2020 e poder desafiar o presidente republicano Donald Trump, que aspira à reeleição.
Segundo a União pelas Liberdades Civis de Nova York, em 2011, no auge da aplicação da política "deter e revistar" (stop and fisk), 87% das pessoas de fato detidas foram afro-americanas e latinas.
Citando a "erosão da confiança" que sua postura criou entre as minorias étnicas, Bloomberg disse: "não posso mudar a história".
Mas, acrescentou: "no entanto, hoje quero que saibam que me dei conta que estava errado então e lamento. Também quero que saibam que estou mais comprometido do que nunca em acabar com a violência armada".

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