Estudantes da região de Itapetininga fazem atos contra bloqueios de verba na educação

Estudantes da região de Itapetininga (SP) se reuniram na manhã desta quarta-feira (15) para protestar contra os bloqueios de verba na educação.
Cerca de 80 estudantes e servidores participaram da ação na Praça da Matriz em Boituva (SP), conforme os organizadores e os agentes de trânsito.
Estudantes da região de Itapetininga fazem atos contra bloqueios de verba na educação
Em Itapetininga, estudantes e professores se reuniram na Praça do Correio e saíram em uma caminhada pelas ruas da cidade. A estimativa, conforme os organizadores, é que 300 pessoas participaram do ato.
Já em Avaré (SP) os estudantes se reuniram com cartazes em frente ao Instituto Federal e seguiram em passeata até o Largo São João. A estimativa, conforme a organização e a PM, é um grupo de 200 pessoas.
Em Campina do Monte Alegre (SP) aproximadamente 100 pessoas se reuniram no Coreto da Praça da Matriz, entre alunos e professores da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar) de Buri (SP). Com faixas e cartazes, eles também caminharam por ruas do Centro da cidade e entregaram panfletos a motoristas. O ato foi pacífico e não foi acompanhado pela Polícia Militar.Além dos atos, algumas escolas da região tiveram as aulas suspensas, como nos campus do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) de Itapetininga e Boituva.
No campi da Ufscar de Buri (SP) também não foram realizadas aulas, apenas um evento previamente marcado.

Bloqueios na educação

Estudantes da região de Itapetininga realizam atos contra bloqueios na educação — Foto: Jamie Rafael/TV TEM
Estudantes da região de Itapetininga realizam atos contra bloqueios na educação — Foto: Jamie Rafael/TV TEM
Em abril, o Ministério da Educação divulgou que todas as universidades e institutos federais teriam bloqueio de recursos. Em maio, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) informou sobre a suspensão da concessão de bolsas de mestrado e doutorado.
De acordo com o Ministério da Educação, o bloqueio é de 24,84% das chamadas despesas discricionárias — aquelas consideradas não obrigatórias, que incluem gastos como contas de água, luz, compra de material básico, contratação de terceirizados e realização de pesquisas. O valor total contingenciado, considerando todas as universidades, é de R$ 1,7 bilhão, ou 3,43% do orçamento completo — incluindo despesas obrigatórias.
Em 2019, as verbas discricionárias representam 13,83% do orçamento total das universidades. Os 86,17% restantes são as chamadas verbas obrigatórias, que não serão afetadas. Elas correspondem, por exemplo, aos pagamentos de salários de professores, funcionários e das aposentadorias e pensões.
Segundo o governo federal, a queda na arrecadação obrigou a contenção de recursos. O bloqueio poderá ser reavaliado posteriormente caso a arrecadação volte a subir. O contingenciamento, apenas com despesas não obrigatórias, é um mecanismo para retardar ou deixar de executar parte da peça orçamentária devido à insuficiência de receitas e já ocorreu em outros governos

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